Cuidado ao informar-se

Vive-se o mais de informação: o que vemos é o menos; vivemos da fé alheia: o ouvido é a segunda porta da verdade e a principal da mentira.

Baltasar Gracián y Morales (1601-1658), in ‘A Arte da Prudência’

A verdade de ordinário se vê; extraordinariamente se ouve; raras vezes chega no seu elemento puro, muito menos quando vem de longe; traz sempre alguma mistura de afetos por onde passa; a paixão tinge com as suas cores tudo o que toca, seja odiosa, seja favorável; puxa sempre a impressionar; muito cuidado com quem gaba, maior ainda com quem desgaba. É mister toda a atenção nesse ponto para descobrir a intenção de quem medeia, conhecendo de antemão por que razões é movido. Que a reflexão seja contraste do falto e do falso.

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Publicado por Beatriz Ferreira

Nasci do Tejo, com os pés em Almada e os sonhos em Lisboa. Todas as minhas viagens tiveram bilhete de volta para estas cidades cheias de luz e maresia. Talvez por não gostar de lugares comuns, a minha história profissional é tudo menos estereotipada. Da Geografia e Planeamento Regional entre Lisboa e os Países Baixos, passei ao estudo de jardins, paisagens e História de Arte. Fiz investigação e trabalhei em demasiados espaços climatizados até sair para as ruas de Alfama, como guia turística. Entretanto, e em segredo, a dança, a escrita, a política, a estética, o design e as leitura do Padre António Vieira conspiraram para me levar ao mundo da Comunicação. O meu projeto é forrar o planeta a tricot e crochet mas, por enquanto, fico-me por me cobrir [a mim e aos outros] com cachecóis e camisolas.

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